sábado, 22 de dezembro de 2012

Gas Energy defende adoção imediata de um plano para aumentar a oferta

A Gas Energy defendeu uma imediata intervenção no mercado de gás natural, tendo em vista os recorrentes problemas de desabastecimento e a falta de novas ofertas desta fonte energética, através da adoção de um plano emergencial composto por 10 medidas. De acordo com a empresa o "Plano de Gás" teria como resultado um choque de oferta, ampliando o mercado dos 80 milhões de m³ /dia atuais para 200 milhões em 2020, correspondendo a 15% da matriz energética do Brasil. “Seria, também um mercado muito mais competitivo, e sem os problemas de concentração de oferta que temos hoje, com suas consequências nocivas”, argumenta Marco Tavares, presidente do Conselho de Administração da Gas Energy. O plano seria integrado pelas seguintes medidas: 1) Desinvestimento, pela Petrobras, dos ativos de gasodutos (pelo valor correto em parâmetros internacionais e já considerando a depreciação) e das participações nas distribuidoras de gás, o que poderia gerar recursos de US$ 15 bilhões para investimentos no pré-sal; 2) Desinvestimento, pela Petrobras, dos ativos de térmicas já instaladas, desconcentrando a oferta verticalizada no setor e permitindo a participação das empresas privadas; 3) Mudança do modelo contratual das novas térmicas, permitindo que elas possam comprar gás quase firme (100% de despacho no período seco e 70% de despacho no período úmido), com o preço sendo disputado pelos produtores de gás em leilões específicos estruturantes; 4) Imediato desenvolvimento de um Plano de Gás Não Convencional (em terra) que poderia agregar, em cinco anos, o equivalente a uma Bolívia (30 milhões de m3/dia de gás), com a vantagem de interiorizar a oferta; 5) Desenvolvimento de terminais privados de GNL nos extremos do território nacional, evitando enormes gastos em expandir a malha de gasodutos com volumes ineficientes (Norte e Sul do país); 6) Desenvolvimento imediato de um grande plano de cogeração e geração distribuída nos centros desenvolvidos, evitando custos de transmissão e distribuição e suas respectivas perdas em energia; 7) Desenvolvimento de um grande programa de uso de gás natural nos ônibus e caminhões leves nas grandes cidades, com um grande impacto ambiental favorável em relação ao diesel que importamos; 8) Utilização dos leilões estruturantes de gás natural e térmicas para incluir grandes indústrias químicas consumidoras de gás natural como matéria prima, de forma a evitar a atual concentração de investimento da Petrobras no setor; 9) Renegociação com a Bolívia, de forma a ampliar a exploração de gás naquele país e mudar a indexação atual; 10) Adaptação da Lei do Gás para a nova realidade de oferta e demanda, com alterações como liberação imediata do livre acesso aos gasodutos em mercados já desenvolvidos e obrigação de expansão em gasodutos antigos caso haja demanda do mercado. Fonte: Revista TN Petróleo

Atlas Copco lança calculadora que mede potencial de contaminação da água por óleo

A preocupação com a contaminação do solo é crescente e, para colaborar com o planejamento e prevenção das empresas, a Atlas Copco disponibiliza uma inédita ferramenta para quantificar o impacto que o vazamento em um equipamento de energia portátil tem sobre o meio ambiente. Apesar do mercado de construção, mineração e geotecnia estar atento ao problema, as atuais medidas ainda são paliativas, como, por exemplo: as bandejas externas de contenção podem transbordar em dias de chuva e vários outros problemas podem acontecer. É importante quantificar o tamanho do dano ambiental que um simples gerador sem chassi vedado pode causar para podermos encarar a questão em sua real perspectiva. De acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), um litro de óleo pode contaminar um milhão de litros de água. Com base nisso, a tecnologia simula a velocidade com que uma única gota de óleo cai do gerador e demonstra o que pode acontecer. Acesse a calculadora: www.blogar.ind.br/portateis/posts/37/ Fonte: Revista TN Petróleo

Rio vai taxar barris de petróleo produzidos no estado

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em votação realizada na quinta-feira (20), o Projeto de Lei 1.877/12, de autoria do deputado André Ceciliano (PT), que institui cobrança de taxa sobre os barris de petróleo produzidos no estado e que poderá servir de compensação financeira para o governo fluminense no caso do Congresso Nacional derrubar os vetos da presidenta Dilma Rousseff a artigos da lei dos royalties do petróleo. O projeto parcialmente vetado pela presidenta muda as regras de distribuição de royalties do petróleo no Brasil e previa alteração nos contratos de concessão já licitados, um dos itens vetados por Dilma. Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo são os estados que concentram a maior produção de petróleo do país. O projeto de lei institui uma taxa no valor de quatro unidades fiscais de Referência (Ufir-RJ), hoje equivalente a R$ 9, que incidiria sobre o barril de petróleo produzido no estado. De acordo com cálculos do deputado André Ceciliano, o tributo poderá render ao estado do Rio R$ 6,9 bilhões por ano. As perdas com os royalties para o estado, se os vetos forem derrubados pelo Congresso, são estimados em R$ 77 bilhões até 2020, segundo o governo do Rio de Janeiro. O parlamentar admitiu que a cobrança da taxa seria uma alternativa para o caso de o Congresso Nacional derrubar o veto da presidenta Dilma Roussef ao projeto que altera as regras da distribuição dos royalties e participações especiais, o que implicará em perdas para os estados produtores. “É uma taxa que visa a fiscalizar a produção. É a única forma do estado do Rio de Janeiro taxar essa atividade, já que não temos direito ao ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] do petróleo aqui produzido. Ela vem garantir uma receita de cerca de R$ 7 bilhões para o estado no ano de 2013”, explicou. O projeto foi aprovado com uma emenda - assinada conjuntamente por Ceciliano e pelos deputados Luiz Paulo (PSDB) e Clarissa Garotinho (PR) - que embute as regras de distribuição dos recursos entre o estado e os municípios fluminenses. O projeto será encaminhado ao governador Sérgio Cabral, que terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar o texto. O volume de recursos seria significativamente superior à receita atual do estado com o recolhimento dos royalties, que hoje é cerca de R$ 3,4 bilhões/ano. O parlamentar explicou que a taxa incidirá também sobre a unidade de gás extraído em solo fluminense. Ceciliano disse que o tributo, chamado Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Petróleo e Gás (TFPG), tem como objetivo viabilizar a regulamentação do poder de polícia conferido aos estados produtores sobre as atividades citadas e que será exercido pela Secretaria de Estado de Ambiente. Segundo o deputado, iniciativas semelhantes foram implementadas com sucesso nos estados de Minas Gerais e do Pará, “onde a maior mineradora do país questionou judicialmente a constitucionalidade da taxa, mas perdeu a contestação na Justiça”, disse, em referência à Vale. Fonte: Agência Brasil

Congresso adia votação de vetos e do orçamento para 2013

Os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, além dos líderes partidários, decidiram na quarta-feira (19) não votar nenhuma pauta conjunta das duas Casas até o próximo ano. A decisão foi anunciada pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Segundo ele, o Congresso não votará os vetos presidenciais pendentes, nem o Orçamento Geral da União e os créditos extraordinários que estão na pauta deste ano. “Estamos cumprindo a decisão de um ministro do Supremo Tribunal Federal [Luiz Fux], que impede o funcionamento do Congresso Nacional e do [Poder] Executivo”, disse Maia, ao sair da reunião. Ele se referia à determinação de Fux de que o Congresso só analisasse os vetos ao projeto de lei que altera a distribuição dos royalties do petróleo depois de votar, em ordem cronológica, todos os vetos presidenciais pendentes. Desde que a liminar foi concedida, os parlamentares tentavam votar os 3.059 vetos pendentes em um único bloco para, então, chegar ao último deles que trata dos royalties. Os representantes dos estados produtores de petróleo, no entanto, não concordaram com o acordo e exigiram que os vetos fossem votados um a um, de modo a inviabilizar a votação do último item ainda este ano. Após o impasse, os líderes chegaram à conclusão de que a decisão do ministro Fux tranca a pauta do Congresso para qualquer votação, uma vez que a Constituição determina que os vetos devem sempre ser votados prioritariamente. Por isso, decidiram que só irão retomar a agenda de votações no próximo ano, após o recesso parlamentar. “A decisão tomada é não produzir nenhuma decisão até que seja superada a questão dos vetos”, disse Marco Maia. Para ele, “a questão ainda está inconclusa” e o assunto deve ser retomado na primeira sessão do Congresso no próximo ano, em 5 de fevereiro. Com a decisão dos parlamentares, a votação do Orçamento Geral da União também ficou para o próximo ano. Os investimentos e o reajuste dos servidores públicos também ficarão aguardando a deliberação do Congresso. Fonte:Revista TN Petróleo

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Mercado de óleo e gás deve se manter aquecido para executivos

Segundo análises da Fesa, empresa de recrutamento de executivos da América Latina, o setor de petróleo e gás deve ter uma demanda alta de projetos no próximo ano. Isso porque muitos contratos que ficaram retidos pelas mudanças ocorridas na Petrobras em 2012 devem ser assinados no ano que vem, movimentando toda a cadeia. Além disso, as incertezas provocadas pela crise europeia ainda prejudicam, mas não devem inibir o crescimento da indútria. Entre os subsetores que devem ter expressivo crescimento em 2013 destacam-se as áreas offshore (apoio marítimo e construção naval), equipamentos e serviços. “Após alguns anos sem rodadas de licitações, em 2013 teremos duas rodadas: a primeira com licitações de blocos exploratórios no pós-sal e a segunda no pré-sal, o que levará a um aquecimento de contratações pelas operadoras, principalmente de geólogos e geofísicos”, afirma Rafael Faria, diretor da Fesa Rio. Em busca de uma profissionalização das estruturas, a área offshore precisará de executivos em todas as frentes, da parte administrativa ao corpo operacional. Para Faria, as posições recorrentes nesse mercado serão CEOs, diretores de Operação, CFOs e gerentes de Construção. Na área de equipamentos e serviços, o setor deve ter um cenário parecido nas empresas de menor porte em consolidação. ”Com a ampliação das linhas de produtos ofertados pelas empresas de maior porte haverá um incremento de buscas por profissionais líderes de divisões de negócio, assim como por toda estrutura necessária para operacionalizar o novo business”, completa o diretor da Fesa. Fonte: Revista TN Petróleo

Ministro do STF suspende análise sobre veto dos royalties no Congresso

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o Congresso Nacional de analisar o veto presidencial na lei dos royalties enquanto todos os outros vetos não forem deliberados. A decisão, tomada na segunda-feira (17), é relativa a mandado de segurança ajuizado nesta semana pelo deputado Alessandro Molon (PT-RJ). Foi marcada para as 19h desta terça-feira (18) a sessão que vai analisar o veto presidencial ao projeto de lei com nova redistribuição dos recursos dos royalties do petróleo. Com a decisão de Fux, a sessão não poderá ocorrer. Fux determinou que a Mesa Diretora do Congresso Nacional “se abstenha de deliberar acerca do veto parcial nº 38/2012 antes que se proceda à análise de todos os vetos pendentes com prazo de análise expirado até a presente data, em ordem cronológica de recebimento da respectiva comunicação, observadas as regras regimentais pertinentes”. Ao decidir a questão, Fux ressaltou que o primeiro veto recebido pelo Congresso e não apreciado dentro do prazo impede a avaliação de todos os outros que o sucederam. Ele ainda argumenta que todos os vetos são urgentes, pois trancam a pauta legislativa. “Daí porque não há, diante da Lei Maior, vetos mais ou menos urgentes. Todos o são em igual grau”. Nos argumentos apresentados ao STF, Molon protestou contra o regime diferenciado adotado na questão dos royalties, lembrando que há mais de 3 mil vetos pendentes de apreciação no Congresso, vários deles com o prazo expirado. “A necessidade de proteger as minorias parlamentares de eventuais abusos como esse tem sido destacada em importantes precedentes dessa egrégia Corte, muitos dos quais sequer envolviam violações tão graves e manifestas”. A presidenta Dilma Rousseff vetou artigo do projeto, aprovado pelo Congresso, que previa a nova divisão dos royalties para os contratos de concessão já licitados. Em mensagem encaminhada ao Parlamento, a presidenta argumenta que o dispositivo violaria “frontalmente” a Constituição e, por isso, foi alvo de veto. Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

OS Pigmeu da Indústria do Petróleo.

Quais são e como trabalham as pequenas e médias empresas que exploram petróleo no sertão do brasil em campos que não interessam mais à Petrobras. Quando o assunto é exploração de petróleo no Brasil, a primeira imagem que vem à mente é a de imensas plataformas de aço espalhadas pela costa sudeste do país. É do mar que se retira quase a totalidade de óleo e gás natural e é no mar que a Petrobras, desde o final da década de 80, concentra grande parte de seus investimentos, principalmente no litoral do estado do Rio de Janeiro. O que poucos sabem é que 67% dos campos brasileiros ainda estão em terra firme, herança de um tempo em que os estudos sísmicos e os esforços tecnológicos apontavam para o interior do país. O volume de produção nesses campos ainda é bem modesto: são apenas 200 mil barris/dia extraídos do subsolo nacional (on-shore), ante 1,8 milhão das prospecções no mar (off-shore). Ou seja, o óleo que vem da terra responde por 10% da produção total, uma gota comparada ao que a estatal suga todos os dias no litoral. Mas é justamente na terra que vem acontecendo uma pequena revolução, patrocinada por alguns idealistas do setor e outros tantos desbravadores dispostos a recuperar o óleo do sertão brasileiro. Desde o fim do monopólio da Petrobras, em 1997, alguns campos terrestres considerados economicamente irrelevantes pela empresa foram devolvidos à União, a maioria localizada na Bahia, no Rio Grande do Norte e em Sergipe. De posse desses campos maduros – denominação dada aos reservatórios com produção comprovada, embora pequena –, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) decidiu ofertá-los no mercado. O objetivo, desde o começo, era atrair a atenção de pequenas e médias companhias. As grandes, estrangeiras, mesmo após a abertura correram para o mar, seguindo o exemplo da Petrobras. A terra representava, portanto, um bom desafio para quem estivesse razoavelmente capitalizado e disposto a correr algum risco. O primeiro grande leilão dos campos maduros, ocorrido em 2005, durante a sétima rodada de licitações da ANP, ganhou o singelo nome de “rodadinha” e trouxe ao cenário nacional nomes como Aurizônia, Petrosynergy, Severo Villares, ENGEPET, Alvorada, Koch e pelo menos outras três dezenas de desconhecidas companhias, batizadas, a partir de então, como produtoras independentes de petróleo. Entenda por independente a empresa cujos rendimentos são obtidos exclusivamente da produção na boca do poço, sem operações de refino ou distribuição. São novatas que entraram na atividade movidas por duas razões, ao mesmo tempo distintas e complementares. A primeira: das 29 bacias sedimentares terrestres existentes no Brasil, apenas 5% são exploradas. É o país com maior potencial para atividade on-shore. Com característica geológica semelhante à dos Estados Unidos, o Brasil perfurou, em seus 60 anos de história do petróleo, 23 mil poços terrestres. Os Estados Unidos abriram 4,5 milhões em um século e meio de extração, média de 30 mil por ano. Lá, a saga dos produtores independentes rendeu bons dividendos e chegou até o cinema, com filmes como Assim Caminha a Humanidade e, mais recentemente, Sangue Negro, exemplos de obras-primas que celebrizaram o tema. Hoje, as independentes americanas são responsáveis por 82% da produção doméstica de gás e 65% da produção de petróleo, segundo dados da IPAA (Independent Petroleum Association of America). Até a Argentina, que nem está no mapa mundial do petróleo, furou mais poços que o Brasil no ano passado. E a Rússia, segunda maior produtora do mundo, tem milhares de poços ativos que geram, em média, 60 barris/dia, uma produção semelhante à de alguns campos maduros no Brasil. A diferença, portanto, não é geológica. É numérica. A segunda razão que faz brilhar os olhos dos independentes é o fato de que os investimentos no campo de Tupi e em outros reservatórios na camada pré-sal farão a Petrobras se concentrar cada vez mais nas explorações marítimas, abrindo espaço para que novas empresas operem suas áreas terrestres. É importante lembrar que os campos marginais devolvidos nos últimos anos não têm a mesma atratividade econômica daqueles ainda em poder da Petrobras. O futuro pode ser bem promissor. E o presente? Abraços a Todos! Luiz Henrique luizhenrique_99@yahoo.com