segunda-feira, 3 de junho de 2013
Exploração de gás não convencional poderá reduzir preço do produto no Brasil
A exploração do gás retirado diretamente da rocha geradora, chamado de shale gas, ainda não começou a ser feita no Brasil, mas será importante para ajudar a reduzir o preço do produto nos próximos anos. Segundo o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Almeida, o Brasil não tem excedente de oferta de gás natural até 2022 e, se quiser baixar o preço, deverá haver um choque de oferta.
“Se conseguir aumentar substancialmente a oferta, isso terá certamente impacto no preço. Esse é um dos motivos que está nos levando a concentrar a 12ª rodada de licitações na oferta de gás, com foco nas áreas com gás não convencional”, disse nesta segunda-feira (3) Almeida a jornalistas. No entanto, não se deve esperar por quedas de preço significativas no país, pelo menos em curto e médio prazos.
As empresas que vencerem a 12ª rodada de exploração de petróleo, prevista para outubro, deverão cumprir exigências de pesquisas em shale gas, com o objetivo de disponibilizar as informações para que o governo possa mapear o potencial do Brasil nesse tipo de reservatório. A Agência Natural de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estima que o país tenha 14,6 trilhões de metros cúbicos de reserva de shale gas.
Almeida reconhece que existem riscos ambientais na exploração de shale gas, principalmente pelo risco de rompimento da rocha, com vazamento de óleo ou gás para aquíferos próximos, mas ele ressalta que existem empresas especializadas que fazem esse trabalho com segurança. “Não são coisas triviais, têm que ser feitas por profissionais capacitados mas já existe conhecimento para fazer [a exploração] com riscos muito pequenos”, ressaltou.
O governo também quer que, no caso da exploração de shale gas - que prevê grandes fraturamentos de rochas, o licenciamento ambiental seja feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Atualmente, os licenciamentos em terra são feitos pelos estados. Ele também garantiu que o processo de licenciamento vai prever formas de mitigar os impactos que a exploração poderá trazer para a população.
Fonte: Agência Brasil/Revista Tn Petróleo
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