12/05/2011 - Autor: Jeremy Hance - Fonte: Mongabay
Empresa foi avisada de que poderia ‘dizimar´ tribos indígenas se continuasse no local
A ConocoPhillips, terceira maior empresa de energia dos Estados Unidos e quinta maior refinaria de petróleo do mundo, anunciou que está retirando os 45% de sua participação na extração de petróleo na região do Bloco 39, na floresta amazônica peruana. A empresa ainda não divulgou quem vai assumir seu lugar.
A saída da companhia se deve à pressão de grupos de ambientalistas e defensores dos direitos indígenas, que afirmam que a permanência de refinarias de petróleo na região pode ‘dizimar’ as tribos que ali vivem. De acordo com os grupos, algumas das populações indígenas da área se mantêm isoladas e preferem permanecer assim.
No entanto, outras firmas, como a espanhola Repsol-YPF e a franco-inglesa Perenco ainda operam nos blocos 39 e 67. A empresa espanhola está atualmente fazendo testes sísmicos para identificar reservas de petróleo em regiões intocadas. Já a companhia franco-inglesa revelou recentemente que fez três descobertas de petróleo no Bloco 67.
“Estima-se que esses poços [de petróleo] terão potencial para produzir mais de 60 mil barris de petróleo por dia. O plano de desenvolvimento inclui a perfuração de aproximadamente 175 poços em 18 plataformas, a construção de centros de depósito de resíduos e a instalação de tubulações subterrâneas”. A Perenco não pretende sair da área, e embora ONGs discordem da informação, a firma garante que não há grupos indígenas isolados no local.
Segundo as ONGs que trabalham na região, a presença de petrolíferas pode ameaçar os grupos indígenas e a biodiversidade do local, além de representar um perigo aos trabalhadores das plataformas, já que algumas das tribos podem ser hostis. “Há certas áreas do mundo onde os riscos para a vida humana e para o meio ambiente apresentados pela extração de petróleo são grandes demais”, diz Gregor MacLennan, coordenador do programa Amazon Watch no Peru.
“Operações petrolíferas nessas áreas arriscam destruir alguns dos povos mais vulneráveis do mundo e prejudicar irreparavelmente alguns dos lugares com mais biodiversidade no planeta. Os governos e a indústria do petróleo têm a responsabilidade de estabelecer zonas intocáveis”, previne MacLennan.
Infelizmente, o governo peruano ainda não tem agido nesse sentido. Nos últimos anos, o país vem promovendo uma revolução industrial em seu território amazônico, que por enquanto ainda está, em sua maioria, intocado. No entanto, conforme o Amazon Watch, cerca de 75% da Amazônia peruana está ‘locada’ para a exploração de petróleo.
“Agora é crucial que as empresas restantes na região, a Perenco e a Repsol, sigam o comportamento da ConocoPhillips e se retirem desses blocos de petróleo controversos”, pondera Mitch Anderson, diretor de campanhas do Amazon Watch.
A saída da companhia se deve à pressão de grupos de ambientalistas e defensores dos direitos indígenas, que afirmam que a permanência de refinarias de petróleo na região pode ‘dizimar’ as tribos que ali vivem. De acordo com os grupos, algumas das populações indígenas da área se mantêm isoladas e preferem permanecer assim.
No entanto, outras firmas, como a espanhola Repsol-YPF e a franco-inglesa Perenco ainda operam nos blocos 39 e 67. A empresa espanhola está atualmente fazendo testes sísmicos para identificar reservas de petróleo em regiões intocadas. Já a companhia franco-inglesa revelou recentemente que fez três descobertas de petróleo no Bloco 67.
“Estima-se que esses poços [de petróleo] terão potencial para produzir mais de 60 mil barris de petróleo por dia. O plano de desenvolvimento inclui a perfuração de aproximadamente 175 poços em 18 plataformas, a construção de centros de depósito de resíduos e a instalação de tubulações subterrâneas”. A Perenco não pretende sair da área, e embora ONGs discordem da informação, a firma garante que não há grupos indígenas isolados no local.
Segundo as ONGs que trabalham na região, a presença de petrolíferas pode ameaçar os grupos indígenas e a biodiversidade do local, além de representar um perigo aos trabalhadores das plataformas, já que algumas das tribos podem ser hostis. “Há certas áreas do mundo onde os riscos para a vida humana e para o meio ambiente apresentados pela extração de petróleo são grandes demais”, diz Gregor MacLennan, coordenador do programa Amazon Watch no Peru.
“Operações petrolíferas nessas áreas arriscam destruir alguns dos povos mais vulneráveis do mundo e prejudicar irreparavelmente alguns dos lugares com mais biodiversidade no planeta. Os governos e a indústria do petróleo têm a responsabilidade de estabelecer zonas intocáveis”, previne MacLennan.
Infelizmente, o governo peruano ainda não tem agido nesse sentido. Nos últimos anos, o país vem promovendo uma revolução industrial em seu território amazônico, que por enquanto ainda está, em sua maioria, intocado. No entanto, conforme o Amazon Watch, cerca de 75% da Amazônia peruana está ‘locada’ para a exploração de petróleo.
“Agora é crucial que as empresas restantes na região, a Perenco e a Repsol, sigam o comportamento da ConocoPhillips e se retirem desses blocos de petróleo controversos”, pondera Mitch Anderson, diretor de campanhas do Amazon Watch.
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