quarta-feira, 31 de julho de 2013
Produção de petróleo no Brasil sobe 5,2% em junho.
Em nota, a Petrobras informou que a produção de gás natural - sem liquefeito - dos campos da companhia no Brasil em junho foi 63,430 milhões de metros cúbicos, 6,2% acima do volume extraído em maio.
Rio de Janeiro - A produção de petróleo (óleo, mais líquido de gás natural ) de todos os campos da Petrobras no Brasil em junho foi 1,979 milhão de barris por dia (bpd), volume 4,6% acima do produzido em maio (1,892 milhão de barris). Incluída a parcela operada pela empresa para seus parceiros, a produção exclusiva de petróleo no Brasil chegou a 2, 43 milhões bpd, indicando um aumento de 5,2% em relação a maio.
A produção total (petróleo e gás natural) da Petrobras no Brasil, em junho, atingiu a média de 2,378 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), volume 4,8% acima do produzido em maio. Incluída a parcela operada pela Petrobras para empresas parceiras, o volume total produzido em junho foi 2,489 milhões boe/d, 5,5% a mais do que no mês anterior.
Em nota, a Petrobras informou que a produção de gás natural - sem liquefeito - dos campos da companhia no Brasil em junho foi 63,430 milhões de metros cúbicos, 6,2% acima do volume extraído em maio.
A produção total de gás no Brasil, incluída a parte operada pela empresa para seus parceiros, foi 70,834 milhões de metros cúbicos por dia, com um aumento de 6,8% na comparação com o mês anterior.
A produção total de petróleo e gás natural no exterior, em junho, foi 234.885 boe/d, correspondendo a um aumento de 0,7% em relação ao mês de maio. Do total, foram produzidos 144.131 barris diários de petróleo, produção considerada estável, na comparação com o mês anterior.
A produção internacional de gás natural chegou a 15,419 milhões de metros cúbicos/dia, 1,9% acima do volume produzido em maio. O aumento na produção internacional decorreu, principalmente, da maior demanda de gás boliviano pelo mercado brasileiro.
Fonte: http://www.d24am.com
quinta-feira, 25 de julho de 2013
HRT descarta abandonar atividades na Bacia do Solimões
Petroleira vai retirar investimentos no Estado, mas nega que deixará operações locais de exploração
Manaus - A HRT anunciou que o Plano Estratégico de Desinvestimento anunciado ao mercado e aos acionistas, é um conjunto de medidas para fortalecer o caixa da empresa, ao reiterar que não está saindo do Amazonas. Em comunicado de fato relevante à Bolsa de Valores, a petroleira informou, na segunda-feira, a venda da sua companhia aérea, de sondas e da empresa de pesquisas geoquímica para concentrar suas operações na atividade exploratória e no processo de transição e operação no campo de Polvo.
Em nota, a empresa esclarece que manterá as atividades na Bacia do Solimões. “O Programa Estratégico de Desinvestimento da HRT, anunciado esta semana – e referido na reportagem -, é um conjunto de medidas para fortalecer o caixa da companhia. Não significa que a empresa está saindo do Estado do Amazonas”, diz o texto.
“A campanha exploratória na região segue com as atividades sísmicas, imprescindíveis para análise e planejamento de futuras perfurações. Ainda em relação ao trabalho na Bacia Sedimentar do Solimões, onde a HRT tem participação de 55% em 21 blocos exploratórios, estão em andamento os estudos de monetização de gás em parceria com a Petrobras. Os resultados preliminares destes estudos devem sair ainda em agosto”, aponta o texto.
“A revisão estratégica do plano de negócios, em curso, tem como objetivo melhorar a performance do Grupo HRT, comprometido com seus colaboradores, investidores e todas as comunidades ligadas ao entorno de suas atividades”, informa a empresa.
Desinvestimento
“Hoje, os ativos da companhia concentram-se no onshore do Amazonas e no offshore da Namíbia. Recentemente, a HRT também adquiriu o Campo de Polvo na Bacia de Campos (em processo de transição)”, completa o texto.
No começo das operações no Amazonas, a companhia anunciou investimentos de R$ 3 bilhões, até 2014, nas atividades de pesquisa e exploração.
No comunicado do fato relevante, a companhia admite a necessidade de fortalecer o caixa com o desinvestimento, para direcionar as atenções no campo de Polvo, na Bacia de Campos, a cem quilômetros do litoral do Rio de Janeiro.
Em uma operação cohecida como ‘farm in’, a HRT comprou da BP Energy, em maio, 60% da participação de Polvo, no valor de US$ 135 milhões, negócio aprovado pela Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis (ANP). Negócio semelhante foi realizado há dois anos, quando a HRT vendeu 45% dos blocos da Bacia do Solimões para a anglo-russa TNK PB, por US$ 1 bilhão.
Fonte: Portal d24am.com
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Petroleira sai do Amazonas e Estado perde investimento de R$ 3 bilhões
Manaus - A petroleira HRT anunciou, nesta terça-feira, seu plano de ‘desinvestimento’, que reduzirá as operações na Bacia do Solimões, em troca da exploração no campo de Polvo, ao sul da Bacia de Campos, a 100 quilômetros da costa do Rio de Janeiro. A companhia, que tinha planos de investir R$ 3 bilhões no Amazonas até 2014, não informou quantos empregos serão afetados no Estado.
A HRT chegou a perfurar sete poços na Bacia do Solimões, com resultados positivos de gás e condensados em cinco deles. Há dois anos, vendeu por us$ 1 bilhão (R$ 2,2 bilhões), 45% da participação dos 21 blocos no Solimões para tornar-se sócia da anglo-russa TNK PB na região.
Em outubro de 2012, a petroleira firmou acordo com a Petrobras para avaliar a viabilidade de comercialização de 3 milhões de metros cúbicos de gás natural encontrados no campo de Juruá.
Sondas
O plano de ‘desinvestimento’ inclui a venda da Air Amazônia e seis de seus helicópteros, o laboratório IPEXco, que prestava serviços geoquímicos, além de quatro sondas de perfuração, avaliadas em US$ 50 milhões, cada.
“Este processo estratégico de desinvestimento é focado em concentrar esforços em nossa atividade exploratória e no processo de transição e operação do campo de Polvo, bem como recuperar recursos financeiros importantes para fortalecer a posição de caixa da HRT. Essas são alternativas potenciais no sentido de maximizar o valor para os acionistas da HRT”, destacou o diretor-presidente da HRT, Milton Franke. Os papéis da empresa na Bolsa de Valores amargam uma queda acumulada de 63% em 2013. A crise forçou a troca do então presidente e fundador Márcio Melo, este ano.
A Air Amazônia visava dar apoio logístico à empresa no Solimões. O objetivo era era abrir linhas de vôos entre Coari, Tefé, Carauari e Manaus. O ativo será comprado pela Erickson Air Crane e substitui o Termo de Compromisso.
Em maio, a HRT comprou da BP Energy 60% da participação no campo de Polvo no valor de US$ 135 milhões. O campo produz, aproximadamente, 13 mil barris/dia de petróleo atualmente.
Fonte: http://www.d24am.com
terça-feira, 23 de julho de 2013
CVM pede comprovação de descobertas anunciadas pela OGX
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pediu à OGX todos os dados que comprovem os comunicados e fatos relevantes sobre descobertas de petróleo divulgados pela companhia de petróleo.
A autarquia também se reuniu com diretores da Agência Nacional do Petróleo (ANP) na semana passada. “Estivemos na CVM, cumprimos todas as funções normativas”, informou uma fonte graduada da agência de petróleo ao Valor.
Fonte: Valor Econômico
HRT conclui segundo poço exploratório na Namíbia
A HRT Participações em Petróleo S.A. anunciou que a perfuração do segundo poço offshore da campanha exploratória na Namíbia, o Murombe-1, foi concluída e o poço foi considerado seco. O objetivo era testar o prospecto Murombe, localizado na Petroleum Exploration License 23 (PEL 23), na Bacia de Walvis.
Segundo nota divulgada pela HRT nesta segunda-feira (22) "o principal objetivo do poço foi testar o potencial dos recursos dos reservatórios turbidíticos de leque de assoalho de Bacia do Prospecto Murombe (Idade Barremiana), que demonstram uma anomalia de amplitude bem definida na sísmica 3D PSDM. As atividades do plano de perfuração eram penetrar o reservatório superior de Murombe e atingir profundidade total (TD) abaixo do reservatório a 5.658 metros, realizar perfilagem a cabo, coletar amostras laterais de rochas na parede do poço, amostras de fluidos e abandonar o poço. O objetivo secundário era penetrar o complexo de canais confinados do Prospecto Baobab (Idade Santoniana)".
A perfuração do Murombe-1 será concluída, considerando perfilagem final e atividades de abandono em um total de 62 dias, pela sonda semissubmersível Transocean Marianas. A sonda será deslocada em 635 quilômetros ao sul da PEL 24 para perfurar o Prospecto Moosehead na porção Norte da Bacia de Orange, após concluir atividades de abandono. O poço Moosehead-1 terá como objetivo os reservatórios carbonáticos de Idade Barremiana e será perfurado a uma profundidade total de 4.100 metros.
"O resultado deste poço demonstrou que ainda estamos numa curva de aprendizado na exploração das Bacias da Namíbia. Nosso modelo contemplava que o objetivo Baobab seria alimentado por hidrocarbonetos oriundos das rochas geradoras Aptianas constatadas no Wingat-1, e isso não ocorreu. Adicionalmente, o resultado do Murombe-1 comprovou a presença de rochas geradoras de idade Aptiana, na janela de petróleo, porém com ausência de reservatórios porosos no objetivo principal, Murombe. A partir de agora daremos prosseguimento à nossa campanha de perfuração na Bacia de Orange, terceira locação exploratória - poço Moosehead-1, no PEL 24", destacou o diretor-presidente da HRT, Milton Romeu Franke.
A HRT é a operadora de 10 blocos offshore na Namíbia, incluídos em quatro Licenças de Exploração de Petróleo. A Galp Energia, com 14% de participação, é a parceira da HRT na perfuração dos 3 primeiros poços da atual campanha de exploração.
Fonte: Revista TN Petróleo
O Ingresso de Engenheiros Recém-formados no Mercado de Trabalho Brasileiro
Thais Marques
Estudante do último ano de Engenharia Elétrica (Unesp-Bauru)
Maiores informações, acesse: mercadoengenharia.wordpress.com
Esta pesquisa foi realizada no LinkedIn em Junho/Julho de 2013 com o objetivo de analisar o mercado de trabalho e o perfil de engenheiros recém-formados de todo Brasil em sua busca pelo primeiro emprego.
A pesquisa on-line obteve 500 respostas entre engenheiros e estudantes de engenharia, sendo 209 engenheiros com ao menos uma experiência de trabalho após formado.
Os tópicos a seguir sintetizam os resultados analisados em toda a pesquisa. Para visualizar a análises gráfica de todas as respostas acesse a aba Estatísticas. Outras análises por perfil serão divulgadas nos próximos dias.
VISÃO GERAL
“Falta de engenheiros faz com que profissão esteja em alta no Brasil: Um engenheiro recém-formado pode ganhar até R$ 5 mil mais benefícios.” foi notícia de Março de 2013 no Jornal Hoje da Globo.
“Brasil tem déficit de 40 mil engenheiros: A escassez de profissionais para trabalhar em campo com infraestrutura melhora propostas salariais, mas prejudica a produção tecnológica do país e reduz a quantidade de mestres e doutores” (Março de 2012). “Crescimento do país força demanda por engenheiros: Previsão de aquecimento econômico esbarra em gargalos na formação de novos profissionais” (Março de 2011). Essas foram notícias na Gazeta do Povo nos últimos anos.
Já é fato que essas matérias não condizem com a realidade de muitos engenheiros recém-formados. Ao mesmo tempo em que surgem essas notícias, tem sido observado muitos engenheiros alertando da dificuldade de se conseguir o primeiro emprego, em especial devido à falta de experiência e exigências do mercado. Além disso, poucas são as vagas que oferecem uma oportunidade para o recém-formado iniciar sua carreira oferecendo ao mínimo o salário piso do Engenheiro.
De acordo com o CREA, o piso salarial para o profissional de Engenharia é de 8,5 salários mínimos com atuação de 8 horas diárias. Isso hoje representa, de acordo com o salário mínimo nacional de R$ 678,00, mais de 5,7 mil reais. Entretanto, essa pesquisa realizada no LinkedIn revelou que apenas 31,3% dos Engenheiros recém-formados desde 2009 tiveram salários de 4 mil reais ou mais em seu primeiro emprego (considerando a variação do salário mínimo desde 2009). Apenas 31% atuam como Engenheiro Júnior em seu primeiro emprego, os demais atuam como analistas, técnicos, auxiliares ou outros cargos em que não é necessário o pagamento do piso de Engenheiro. Então onde está a valorização citada pela mídia?
A pesquisa também apresenta que apenas 13,6% dos engenheiros conseguiram emprego antes mesmo de se formar, enquanto isso 35,6% levou mais de seis meses procurando pela primeira oportunidade (ou ainda estão procurando).
A maneira como conseguiram o primeiro emprego também é interessante, 28,2% dos engenheiros conquistaram esta etapa por indicação e 28,7% foram contratados do estágio ou já eram contratados na empresa durante a graduação. Nos demais casos há conquista da vaga por sites pagos, sites gratuitos, envio direto de currículo para empresa, entre outros, representando ainda assim uma minoria.
Muitos dos engenheiros ainda citaram em informações adicionais que devido à falta de oportunidades resolveram iniciar uma pós-graduação com o objetivo de se capacitar. No entanto, para a maioria deles, as barreiras continuam as mesmas pois o que o mercado exige é experiência.
PRECONCEITO
A pesquisa revela um grande preconceito com relação ás faculdades particulares. Para os graduados em instituições públicas 40,2% recebem 4 mil reais ou mais em seu primeiro emprego, contra apenas 22,4% para os formados em faculdade privada. Os perfis são parecidos, mas as oportunidades são diferentes: 46,5% dos engenheiros das faculdades particulares nunca realizaram nenhuma atividade extracurricular durante a graduação enquanto que apenas 24,5% dos engenheiros da faculdade pública estão neste perfil.
O mesmo vale para o nível de inglês, apenas 33,6% em faculdades privadas falam inglês avançado ou fluente, contra 61,5% nas faculdades públicas. Isto pode gerar resultados como os observados nos candidatos aprovados em programas de trainee: 61% são de faculdades públicas, concordando com o estudo divulgado pela Exame.com sobre “O que os finalistas de programas de trainee têm em comum”.
Outros estudos também apontam esta preferência para os formados em engenharia de uma maneira geral, como a notícia da UOL em Faculdade pública ou privada? Veja como é visto cada profissional: “… existe uma preferência por estudantes de universidades públicas, por conta da metodologia de ensino, que muitas empresas entendem ser mais exigente (…) as multinacionais, especialmente em áreas como engenharia, acabam absorvendo mais profissionais vindos de universidades mantidas pelo governo”.
Em contrapartida, ainda é valido o item citado na mesma matéria da UOL quanto a comparação entre um candidato graduado em faculdade privada com experiência e um estudante de faculdade pública sem experiência, o candidato da escola privada ainda pode levar vantagem. “A experiência é muito valorizada nas organizações”, isto é visível pela grande quantidade de vagas que exigem anos de experiência como pré-requisito, limitando a busca para aqueles que estudaram em públicas (em sua maioria em período integral).
Já com relação as mulheres recém-formadas, a pesquisa não revelou grandes dificuldades. Estudos sobre a desigualdades de gênero apontam que as mulheres estudam mais e mesmo assim recebem menores salários, no entanto a pesquisa não mostrou este problema para as recém-formadas em engenharia. De acordo com as respostas 39% das mulheres recebem salário igual ou superior a 4 mil reais, e para os homens esta porcentagem é bem menor: 27,8%.
Porém, ao comparar as capacitações, pode-se observar que as mulheres estão na frente, talvez justificando a diferença salarial. Elas fazem mais atividades extracurriculares (74,4% das mulheres e apenas 58,8% dos homens), têm mais vivência no exterior (29,5% no caso delas, e 24,2% para eles), melhor nível de inglês (49,2% falam fluentemente ou em nível avançado e para o mesmo caso 44% dos homens) e praticam mais atividades voluntárias (59,5% contra 45,6% dos homens). Apenas perdem para os homens na realização de cursos técnicos (somente 37,2% delas realizaram qualquer tipo de curso técnico, enquanto entre eles são 54,6%). Este fato confirma que as mulheres são mais ativas dentro da engenharia e ao menos em nível de recém-formadas não estão colocadas em vagas com salários mais baixos.
QUEM LEVA MAIS VANTAGEM
Inglês fluente, vivência no exterior, meses de estágio, curso técnico…. Este é um perfil que ajuda muito para quem não tem experiência, mas muitas vezes não é suficiente. A pesquisa aponta que 28,2% dos empregados conseguiram emprego por indicação, 19,1% foram contratados do estágio e 9,6% já eram contratados na empresa durante a graduação. Este perfil totaliza mais da metade dos casos de engenheiros recém-formados empregados. Para muitos esta realidade não é possível pela falta de contatos (mas nunca é tarde) e por não ter a oportunidade de contratação no estágio, portanto a luta é muito mais longa.
Uma conclusão para os estudantes: vale a pena se dedicar e conseguir um bom estágio, mesmo que isso leve tempo e atrase a graduação. É claro que a contratação do estagiário depende do momento que a empresa se apresenta, se existem vagas e se o estagiário se enquadra nas vagas existentes, mas algumas empresas tem maior histórico de efetivação do que outras, portanto focar na busca pode ajudar. E nunca deixar de lado o investimento em um grande e rico networking, dentro do estágio, da faculdade e até mesmo na vida pessoal. Cada contato pode fazer toda diferença.
Para conseguir um bom estágio o currículo acadêmico será válido, visto que na maioria das vezes o candidato ainda não possui experiência profissional (exceto o caso de vagas de estágio que já vêm exigindo experiência também). Portanto, investir em atividades extracurriculares pode ser crucial, além de um bom preparo para todas as exaustivas fases do processo seletivo.
Mas após este período, se o candidato já estagiou e não foi contratado, também não possui contatos para uma indicação, então pode ser o momento de ampliar sua busca. Candidatos que conseguiram emprego com os métodos “tradicionais” (entrevistas sem indicação), enviaram currículo para mais de 50 empresas. Mas vale lembrar que o salário alcançado ainda assim está bem abaixo do piso de engenharia. Isto revela o porquê de 22,6%dos candidatos já recusaram propostas de emprego devido ao baixo salário.
Considerando todos os perfis que responderam a pesquisa, 30% recebem ou receberam em seu emprego salário superior ou igual a 4 mil reais, apenas 3,5% mais que 6 mil. Estes números revelam bem a realidade do mercado brasileiro: ter um piso salarial definido pelo CREA não significa que o engenheiro vai se formar e receber este valor.
CURSOS COM MELHORES SALÁRIOS
100 dos engenheiros desta pesquisa são formados ou estão cursando engenharia química. As respostas revelaram que é um dos cursos com as melhores condições de salário: 48,3% recebem mais de 4 mil reais em seu primeiro emprego, contra 35,6% no curso de engenharia mecânica, 24,1% para elétrica e 21,4% em engenharia de produção. No entanto, são poucos resultados por curso para se atingir uma conclusão consistente. Mas a dificuldade é clara: para todos os cursos citados cerca de 60% dos candidatos procuraram pelo primeiro emprego por mais de três meses.
Nos próximos dias os gráficos de cada perfil analisado serão postados na aba “Estatísticas” para melhor visualização.
CONCLUSÃO
Com tantas exigências do mercado de trabalho e pré-requisitos, ainda permanece algumas perguntas clássicas: Se as empresas não derem oportunidades aos jovens recém-formados, como eles irão adquirir experiências profissionais esperadas? O que pode ser feito para contornar esta situação?
Estes tópicos podemos e devemos continuar em discussão. Agora é possível ter certeza das dificuldades e observar os fatores que ajudam a elevar as chances do candidato, mas sabe-se que ainda assim um bom emprego não é garantido. A solução encontrada pela maioria dos candidatos é iniciar a carreira com salários e cargos inferiores ao de engenheiros, com a esperança de conseguir um nova e melhor posição no futuro.
Sem dúvida, diante a atual situação do mercado da engenharia, para conseguir o emprego dos sonhos é preciso uma boa dose de motivação, persistência e trabalho em equipe.
Desejo a todos sorte e sucesso!
Thais Marques
Estudante do último ano de Engenharia Elétrica (Unesp-Bauru)
Maiores informações, acesse: mercadoengenharia.wordpress.com
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Copom mantém previsão de reajuste de gasolina
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a projeção de reajuste de 5% no preço da gasolina, este ano. Também não houve alteração na estimativa de recuo de cerca de 15% na tarifa residencial de eletricidade.
“Essa estimativa leva em conta os impactos diretos das reduções de encargos setoriais anunciadas, bem como reajustes e revisões tarifárias ordinários programados para este ano”, explica o Copom.
A projeção para o preço do botijão de gás é de estabilidade e, para a telefonia fixa, a expectativa é redução de 2%, neste ano. Essas estimativas são as mesmas divulgadas em maio.
Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, em 2013, a projeção foi reduzida para 1,8%, contra 2,55 previstos em maio. Essa estimativa “incorpora a recente revogação de reajustes nas tarifas de transporte urbano”. Para 2014, a estimativa foi mantida em 4,5%.
Fonte: Agência Brasil
ANP garante que o país se antecipa às questões do 'shale gas'
A diretora geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, garantiu que a agência reguladora está se antecipando às principais questões para assegurar que a exploração do gás não convencional (conhecido como shale gas) não repita os resultados negativos, observados em outros países, ao meio ambiente.
"O shale gas tem três questões que são muito importantes: é intensivo em perfuração de poços, exige grandes quantidades de fluido de perfuração, e seus fraturamentos devem ser projetados de forma a não atingir o aquífero - devem estar afastados há centenas de metros dos aquíferos", disse Chambriard durante coletiva de imprensa sobre o primeiro leilão do pré-sal, realizada nesta sexta-feira (12), no Rio de Janeiro. Segundo ela, o país está se baseando nas curvas de aprendizao, principalmente, dos EUA. "Os Estados Unidos perfuraram, em uma área similar à brasileira, mais de de 4,5 milhões de poços, enquanto nós estamos em uma cifra de 27 mil".
Entre os cuidados primordiais da agência reguladora para a 12ª Rodada da ANP estão: o descarte de lama de perfuração, "que precisa ser reaproveitadas e já fazemos isso no Brasil", controle de fraturamento e a obrigação de revestimento do poço com tubo de aço. "Esses são cuidados mínimos que deverão ser considerados em projetos quando o desenvolvimento se tratar de gás não convencional", disse Chambriard.
A diretora geral da ANP lembrou da importância do aproveitamento do gás para levar energia para áreas remotas. "A possibilidade de descentralização de investimentos exploratórios com o gás em terra, no Brasil, levando energia para áreas remotas, é um projeto estruturante que não podemos deixar de lado", afirmou. Magda destacou que os lincenciamentos ambientais na fase de exploração de gás serão feito pelos órgãos estaduais. "Mas se o projeto resultante dessa exploração for de shale gas, isso será mais complicado, portanto será dirigido pelo Ibama", concluiu.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação
Autor: Karolyna Gomes
OGX deve deixar lições ao mercado
A ascensão e queda da OGX vai entrar para a história como um dos casos mais emblemáticos do mercado de capitais. Como ocorreu com a quebra da Sadia e da Aracruz, após apostas das duas empresas em derivativos cambiais de risco, a trajetória meteórica de cinco anos da empresa na Bovespa tem tudo para virar o motivo central de algumas lições.
Desde o julgamento da Sadia, em 2010, não há dúvidas sobre a responsabilidade que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atribui ao conselho de administração e seus participantes na gestão e fiscalização do negócio.
No caso da OGX, o saldo da discussão será a qualidade da comunicação e o velho hábito das companhias de vestir a noiva da melhor maneira possível, algumas vezes, beirando o limite do disfarce.
No foco da questão, está o papel dos executivos no diálogo com o mercado, em especial aqueles com responsabilidade legal - ou seja, presidente e diretor de relações com investidores, além do controlador.
A CVM, na Instrução 480, é bastante clara. Diz em seu artigo 45: o diretor de relações com investidores (DRI) é responsável pela prestação de todas as informações exigidas pela legislação e regulamentação do mercado. Mas o dever desse executivo não diminui o dos demais administradores. "A responsabilidade atribuída ao diretor de relações com investidores não afasta eventual responsabilidade do emissor, do controlador e de outros administradores pela violação das normas legais e regulamentares que regem o mercado", completa a mesma regra, no artigo 46.
A OGX é uma oportunidade para a CVM explorar a aplicação dessas regras de comunicação, assim como Sadia e Aracruz foram sobre os deveres do conselho de administração. A comunicação com o mercado é de responsabilidade direta do presidente da companhia e de seu diretor de relações com investidores.
Eike Batista, idealizador e controlador da OGX, sempre esteve à frente do conselho de administração. Como controlador, é o maior acionista e, portanto, também é o principal afetado pela perda de valor do negócio.
Comunicação é responsabilidade do presidente e do diretor de relações com investidores
A gestão executiva sempre ficou nas mãos de profissionais de mercado. O primeiro presidente foi Luiz Rodolfo Landim, que ficou até abril de 2009, dez meses após a estreia da companhia na bolsa. O cargo então foi assumido por Paulo Mendonça, que ficou até junho do ano passado, quando foi substituído por Luiz Eduardo Carneiro, já em meio ao agravamento da crise de confiança que começou a se abater sobre a empresa em 2011. Na diretoria de relações com investidores, Marcelo Torres conduziu os trabalhos até abril de 2012, quando a área passou aos cuidados de Roberto Monteiro. Cabia a esses executivos, portanto, a tarefa de frear e filtrar os arroubos otimistas do controlador.
A OGX, de 2008 a 2013, divulgou 114 fatos relevantes. Para se ter uma ideia de volume, desde fevereiro de 2003, após instalação do atual sistema eletrônico da CVM, a Ambev, a maior companhia da bolsa brasileira, emitiu 41 comunicados deste tipo e a Petrobras, um total de 155.
Os comunicados da OGX chamavam atenção pelo conteúdo técnico. Dos textos, a parte com linguagem simples e acessível eram, na maioria das vezes, as aspas do então diretor presidente Paulo Mendonça ou do próprio controlador Eike Batista. Quase sempre, mais do que traduzir os dados técnicos, essas declarações comemoravam as informações e falavam da campanha exploratória "promissora" da empresa.
Essa foi a rotina durante 2009 e boa parte de 2010: uma longa sequência do registro de presença de "hidrocarbonetos" nos poços da empresa. Foi nesse período que o valor de mercado da OGX atingiu sua máxima.
A companhia chegou à Bovespa às vésperas do estouro da crise, em junho de 2008, com uma oferta pública inicial de R$ 6,7 bilhões. Em novembro de 2007, havia levantado US$ 1,3 bilhão com investidores privados, sem abrir capital, para ter recursos para o leilão dos campos.
Em sua história, a companhia investiu US$ 7 bilhões, entre campanha sísmica, pagamento de bônus de exploração e perfuração. Para tanto, captou com ações e papéis de dívida um total de US$ 9,4 bilhões.
Quando estreou na bolsa, a OGX foi avaliada em R$ 35 bilhões. Já nasceu grande. Mas, em outubro de 2010, após os primeiros resultados da campanha exploratória, ultrapassou a cifra de R$ 75 bilhões de capitalização. Chegou a ser, portanto, a maior empresa privada não financeira atrás apenas das três gigantes - Ambev, Petrobras e Vale.
Hoje, após admitir que a impossibilidade de operar seus principais poços, a companhia está avaliada em R$ 1,6 bilhão.
A partir de 2009, quando começaram as surgir os primeiros resultados dos estudos exploratórios e o registro dos hidrocarbonetos, o mercado chegou a questionar a quantidade de fatos relevantes para relatar apenas o indício da existência de petróleo nos poços. Para uma minoria crítica, os fatos relevantes já eram uma maneira da OGX vestir a noiva ao mercado.
Mas a maioria dos investidores, otimistas com a perspectiva do negócio, destacavam que a comunicação era a esperada para uma companhia pré-operacional. Entendiam que a OGX estava prestando contas ao mercado sobre o que fazia com os bilhões captados. No limite, estava sendo transparante.
A dinâmica da comunicação da companhia só mudou quando o cenário deixou de ser tão azul. E as novidades, já não tão boas, não eram mais alvo de fatos relevantes. Viraram comunicados ao mercado.
A partir de 2011, vieram as primeiras decepções. As informações negativas trouxeram frustrações pelo conteúdo e pela forma.
Em abril de 2011, um relatório da consultoria DeGolyer & MacNaughton (D&M) apontou para um volume menor de óleo do que o esperado para a OGX. A reação da administração foi minimizar o resultado. Mendonça chegou a comparar o relatório com o personagem "Benjamin Button", do cinema, alegando que a avaliação "nasceu velha".
Pouco menos de um ano depois, em março de 2012, os investidores souberam de novidades pouco animadoras sobre o campo Waikiki por meio de apresentações feita pela OSX. Por fim, a maior frustração veio, então, em junho de 2012 - antes da declaração de inviabilidade comercial. A produção do principal campo em atividade ficou em 5 mil barris diários, quando o esperado eram 15 mil barris.
Contar boas novas com festa e minimizar notícias ruins tende a ser prática corriqueira das companhias abertas. O limite desse comportamento não está nada claro e a expectativa é que a questão seja avaliada agora pela CVM.
Contar boas novas com festa e minimizar notícias ruins tende a ser prática corriqueira das companhias abertas
A mesma Instrução 480 que aponta o diretor de relações com investidores como responsável pela comunicação diz em seus artigos 14 e 15: "O emissor deve divulgar informações verdadeiras, completas, consistentes e que não induzam o investidor a erro" e "Todas as informações divulgadas pelo emissor devem ser escritas em linguagem simples, clara, objetiva e concisa".
O Valor apurou que as decisões da CVM de colocar em revisão as Instruções 358 e 480 têm como objetivo colocar no papel aprendizados com a vida prática das companhias - muitos deles com o Grupo X.
Há preocupação em deixar claro o que é um fato relevante e quais são os princípios gerais da boa comunicação com o mercado.
A ideia da existência de princípios gerais é que eles possam ser aplicados e cobrados, pela CVM, sobre divulgações feitas em qualquer plataforma, seja a comunicação oficial, seja comentários e declarações em redes sociais.
O Twitter, por exemplo, era amplamente usado por Eike Batista para demonstrar a confiança na empreitada. Suas declarações costumavam gerar grande repercussão.
Por enquanto, o que está sendo investigado, conforme apurou o Valor, é se a OGX forneceu as informações corretas no momento adequado e prontamente. Não há, até o momento, suspeitas de comportamentos mais graves, como fraude.
Outro saldo que deve ficar da destruição de mais de R$ 70 bilhões em valor de mercado é o reforço de uma lição aprendida fora do Brasil com o estouro da crise financeira a partir dos Estados Unidos: nada substitui a diligência dos investidores e acionistas.
A despeito da investigação que a CVM conduz na companhia, diversos especialistas destacam que muitas bandeiras com alertas importantes estavam escancaradas ao mercado há tempos.
Além do fato de o negócio ser de elevado risco, afinal a OGX é uma companhia pré-operacional de exploração de petróleo, as frustrações com a comunicação feita pela empresa e rotatividade incomum no quadro de executivos e até de conselheiros deveriam ter sido consideradas pelos investidores.
Desde 2008, cresce a cobrança para que os acionistas sejam mais participativos na atuação junto às empresas, no lugar de simplesmente venderem as ações quando ficam descontentes.
Fonte: Valor Econômico
terça-feira, 9 de julho de 2013
Pré-edital de leilão da ANP prevê R$ 610 milhões de investimento mínimo
Agência publicou minuta do edital do primeiro leilão do pré-sal.
Vencedor terá de oferecer, no mínimo, 41,65% de 'lucro óleo' para União.
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgou nesta terça-feira (9) a minuta de edital do primeiro leilão do pré-sal brasileiro. A área ofertada é o Campo de Libra, na Bacia de Santos, e o prazo para entrega de documentos das empresas interessadas a participar da rodada começa na quarta-feira (10).
De acordo com o edital, o candidato ao leilão deverá oferecer uma garantia financeira inicial de R$ 610 milhões para o programa exploratório mínimo - uma espécie de investimento inicial mínimo. A primeira fase exploratória de Libra prevê a perfuração de dois poços e a realização de um teste de longa duração na área ofertada de 1.547 quilômetros quadrados.
Segundo o edital da ANP, o vencedor do leilão será aquele que oferecer maior quantidade de óleo excedente à União, o chamado lucro óleo, que, ainda de acordo com o edital, deve ser de no mínimo 41,65%. O óleo excedente é aquele que sobra da produção da empresa exploradora depois de serem descontados os custos da produção, a partir do cálculo de uma tabela da ANP. Esse óleo é partilhado entre o consórcio explorador e a União, de acordo com o percentual que foi ofertado no leilão.
O óleo lucro a ser ofertado ao governo nos leilões do pré-sal foi aprovado em projeto de lei na Câmara em 26 de junho. O Campo de Libra será alvo da primeira licitação no regime de partilha de produção.
Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicada no dia 4 estabelece que a empresa que vencer leilão, programado para outubro, terá que pagar à União um bônus de R$ 15 bilhões.
A ANP realizará audiência pública no Rio de Janeiro no dia 23 de julho sobre a rodada e no dia 23 de agosto deverá ser publicada a versão final.
Segundo a minuta, a fase de exploração terá a duração de 4 anos, quando o contratado terá que realizar o programa exploratório mínimo. A fase de exploração poderá ser estendida segundo o contrato de partilha de produção, explica a ANP.
A Petrobras será o operador, do bloco com participação mínima de 30% no consórcio, diz o pré-edital, que pode ser acessado no site da agência.
Durante a licitação, a Petrobras só poderá participar de um consórcio. Nos consórcios que não incluírem a estatal, pelo menos uma das empresas participantes deverá ser qualificada como licitante de Nível A. "A exigência garante a presença, na licitação, de outras empresas, além da Petrobras, com a qualificação técnica e a experiência necessária para atuar em áreas como a de Libra", afirmou a ANP.
Campo de Libra
Em 23 de maio, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, anunciou a primeira rodada de leilão para exploração no pré-sal sob regime de partilha, a ser realizada em outubro, e chamou de "inimaginável" a descoberta no Campo de Libra, que mostra um volume "in situ" (volume de óleo ou gás existente em uma região) esperado de 26 bilhões a 42 bilhões de barris.
"Com os dados que temos até o momento, o volume está mais para 42 bilhões do que para 26 bilhões", afirmou Magda.
Com uma recuperação estimada em 30% do volume total, a perspectiva "é que Libra seja capaz de produzir de 8 a 12 bilhões de barris de petróleo. É a maior descoberta que fizemos com os dados que temos até o momento. É singular, inimaginável", segundo a diretora da ANP.
Ela calcula que Libra produzirá mais que os campos de Marlim, Roncador, Marlin Sul e Albacora juntos.
O campo de Libra também supera o Campo de Lula, que possui entre 5 a 8 bilhões de volume de barris de óleo equivalente recuperável.
Regime de partilha
O leilão será o primeiro sob a legislação de 2010 que elevou o controle estatal sobre as reservas nas bacias de Campos e Santos.
A adoção do regime de partilha da produção, em substituição ao de concessões, faz com que o Estado fique com uma parcela da produção física em cada campo de petróleo.
A empresa paga um bônus à União ao assinar o contrato e faz a exploração por sua conta e risco. Se achar petróleo, será remunerada em petróleo pela União por seus custos. Além disso, receberá mais uma parcela, que é seu ganho. O restante fica para a União.
Nesse modelo, como a União tem a propriedade do petróleo após a produção, precisa transportá-lo e depois refiná-lo, estocá-lo ou vendê-lo; pode ainda contratar empresas para realizar isso, remunerando-as, e receber delas o dinheiro proveniente da venda.
Além disso, pelas regras aprovadas, a Petrobras será a operadora única e sócia de todos os campos, com no mínimo 30% de participação.
Pré-sal
O petróleo do pré-sal é o óleo descoberto pela Petrobras em camadas ultra profundas, de 5 mil a 7 mil metros abaixo do nível do mar, o que torna a exploração mais cara e difícil. Não existem estimativas de quanto petróleo existe em toda a área pré-sal.
Fonte: Engº Luiz Henrique / https://www.facebook.com/groups/539098852814790/permalink/551556231569052/
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Demanda por profissionais de gás e óleo fica ‘na promessa’, dizem especialistas
Maioria do pessoal contratado pelas empresas no Amazonas vêm de outros Estados.
Manaus - No segundo maior produtor de gás natural do País, a demanda expressiva por profissionais da área petrolífera ficou, até agora, só ‘na promessa’. Passados 25 anos do início das operações na Província Petrolífera de Urucu, a avaliação dos especialistas é de que ainda há muito a ser pesquisado no Amazonas, onde há explorações que somam 81 poços de petróleo. Neste cenário, a maior parte dos profissionais que preenche o quadro de funcionários das empresas é de outros Estados.
A falta de uma área de planejamento para o mercado é apontada como um dos motivos para o setor estar ‘estagnado’, considera o coordenador do curso de gestão e tecnologia de gás natural da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Ricardo Wilson Cruz.
Para o especialista, o mercado de trabalho poderia abranger empresas de energia e se expandir com os serviços de projetos e execução de distribuição de gás natural em obras da construção civil.
“Não se vê empreendimentos sendo dirigidos no sentido de receber o gás natural. A atividade está em ‘banho-maria’”, avaliou. O coordenador universitário explica que não há interação entre as instituições de ensino e o mercado, o que acaba, inclusive, influenciando diretamente no crescimento do setor.
A coordenadora do curso de Engenharia de Petróleo e Gás da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Virgínia Mansanares, acredita que “ainda vai demandar um tempo, pois toda a parte de exploração é assim, para que se observe um aumento (na demanda)”.
Para a geóloga e vice-coordenadora de Petróleo e Gás da Ufam, Joemes de Lima, as instituições de ensino estão caminhando no mesmo ‘passo’ que as pesquisas do setor. “Da mesma forma que a indústria petrolífera está caminhando aqui, o curso também está. Estamos caminhando juntos”.
O diretor de Pós-Graduação da Fundação Getulio Vargas/Faculdade Martha Falcão, Pierre Wagner, discorda da afirmação de que o mercado petrolífero no Amazonas esteja em baixa e explica que o Estado se tornou referência na prospecção de petróleo e gás no País.
“Somos o maior produtor de gás em terra firme. Tanto na Petrobras quanto nas empresas privadas que operam no Estado, há a necessidade de profissionais desta área”, diz.
Mercado de atuação
Os profissionais da área de óleo e gás atuam nas empresas diretamente e indiretamente relacionadas com a prospecção. No dia a dia, os profissionais de nível técnico atuam entre outras atividades, como analistas de controle de qualidade, de logística e como operadores de distribuição. Já os profissionais graduados e com especialização atuam na implantação de tecnologias, na otimização de processos industriais, na prevenção de acidentes e risco ambiental.
As faixas salariais variam de R$ 2 mil a R$ 5 mil para técnicos e de R$ 6 mil a R$ 20 mil para os graduados e com especialização na área. Os engenheiros de Petróleo e Gás são aptos a trabalhar nas três linhas da produção petrolífera: exploração, refino e distribuição.
Em todo o Estado, são 13 empresas responsáveis por explorar e distribuir o gás, como a Petrobras, a HRT e a Cigás. A Petrobras tem 1.375 empregados no Amazonas e informou não ter dificuldades para contratar.
Fonte: D24am.com
Entenda por que a Petrobras investe em fertilizantes
A produção de fertilizantes nitrogenados se insere na cadeia de valor do gás natural, sendo uma alternativa economicamente atrativa para sua monetização. Fertilizantes nitrogenados são derivados da amônia – que é obtida a partir da transformação química do gás natural – e amplamente utilizados na agropecuária e na indústria.
A amônia é usada na indústria alimentícia e na produção de desinfetantes, tinturas de cabelo, materiais plásticos, couro e explosivos, entre outros produtos, mas sua principal utilização é como matéria-prima para a produção de fertilizantes nitrogenados (ureia, sulfato de amônio e nitrato de amônio).
A demanda do mercado brasileiro de fertilizantes é maior que a produção nacional. Além disso, o segmento encontra-se em expansão tanto no Brasil quanto no mundo. Com o crescimento populacional e o aumento de renda, espera-se aumento no consumo de alimentos, principalmente de proteína animal, que requer mais grãos para sua produção e, por consequência, maior uso de fertilizantes.
No Brasil, entre 2003 e 2012, o consumo de fertilizantes passou de 22,8 milhões de toneladas para 29,6 milhões, o que configurou crescimento de 30% no período. De acordo com a previsão da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entre 2010 e 2020, somente no Brasil, a produção de alimentos crescerá 40%.
Somos a maior produtora de fertilizantes nitrogenados do Brasil. Com a aquisição da Fafen-PR, reforçamos essa área em alinhamento com o Plano de Negócios e Gestão 2013-2017. Possuimos mais duas fábricas: a Fafen-SE, com capacidade de produção de 657 mil toneladas/ano de ureia e 456 mil toneladas/ano de amônia, e a Fafen-BA, com 474 mil toneladas/ano de ureia e 474 mil toneladas/ano de amônia.
Atualmente, estamos investindo em novas unidades a fim de acompanhar o crescimento do mercado. Em Três Lagoas (MS) está sendo construída uma planta que entrará em operação em setembro de 2014 com capacidade para produzir 1,2 milhão de toneladas/ano de ureia. No município de Laranjeiras (SE), está sendo construída uma planta de sulfato de amônio com capacidade para produzir 303 mil toneladas/ano, que começará a produzir ainda este ano. Duas outras unidades, uma em Uberaba (MG) e outra em Linhares (ES), estão em estudo.
Fonte: http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2013/07/07/entenda-por-que-a-petrobras-investe-em-fertilizantes/
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Saiba quais são as principais empresas de exploração de petróleo com atuação no país
Para muitos profissionais da indústria do petróleo, as empresas operadoras são as melhores companhias para ingressar na área. Fazendo uma comparação simples, as empresas operadoras são as donas do campo de petróleo, elas pagam fortunas para terem o direito de explorar determinada reserva de petróleo, sendo que seus principais clientes são empresas fornecedoras de produtos e serviços na indústria do petróleo.
O único inconveniente de uma empresa operadora é que geralmente elas não requerem muita mão-de-obra, ainda mais de profissionais recém-formados, quando comparado às drilling contractors e empresas prestadoras de serviços, visto que uma boa parte de seus trabalhos são coordenados por essas empresas terceirizadas e de serviços.
As principais funções dos funcionários de uma empresa operadora é justamente garantir que os processos, operações, serviços e demais atividades envolvidas na etapa de exploração de petróleo estão seguindo as normas e regulamentações nacionais e da própria empresa. Suas atividades envolvem mais gerenciamento, qualidade de serviços, garantia de padrões, design de operações, entre outras.
No Brasil, nós temos a Petrobras como a principal operadora com uma enorme participação na exploração de petróleo, mas outras empresas internacionais estão aos poucos se instalando no Brasil e produzindo petróleo em número elevado.
É uma carreira muito promissora, com altos salários, muitos benefícios e uma empresa produtora na maioria das vezes tem mais cargos no escritório que offshore, sendo isso uma grande opção de escolha para profissionais experientes e que não desejam atuar mais em campo. Para quem busca uma oportunidade de trabalho embarcado, um empresa operadora certamente é a sua última opção de escolha e as companhias não costumam contratar muitas pessoas de nível médio e técnico, a não ser que tenha uma boa experiência em outras empresas.
Abaixo você encontrará as principais empresas operadoras que atuam no Brasil:
Anadarko
Aurizônia Petróleo
Barra Energia
BG Brasil
BHP Billiton
BP do Brasil
Chevron
Exxon Mobil
HRT
Karoon
Maersk Oil
Nord Oil and Gas
OGX
PetraEnergia
Petrobras
Petrorecôncavo
Premier Oil
Queiroz Galvão Exploração e Produção
Repsol Sinopec
Shell
Starfish Oil & Gas
Statoil
Total E&P do Brasil
terça-feira, 2 de julho de 2013
Algumas Considerações sobre Algumas Postagens!
Senhores,
Tenho acompanhado e, às vezes comentado, as postagens de Rhamany sobre 1º emprego, formação, universidades particulares de engenharia de petróleo e currículos.
Também, tenho lido muito sobre as angustias dos Tecnólogos de Petróleo e Gás em várias de suas paginas no Facebook e blogs.
Vamos aos fatos:
1º Emprego:
Em recente anuncio de emprego publicado se pedia engenheiro para determinada posição e um tecnólogo se oferecia, ora, com a quantidade cada vez maior de recém-formados em engenharia de petróleo chegando ao mercado, com os engenheiros em recente inicio de carreira e com os já atuantes no mercado, julgo ser muito difícil que esta empresa opte por um tecnólogo! O que leva a isto? Desespero dos formados! Os caras gastaram 3 anos de suas vidas na formação, gastaram uma boa quantidade de dinheiro, muitas vezes suadíssimo e, agora, querem a recompensa, para muitos, não somente o retorno do investimento em bons salários, mas, também, a satisfação de estar fazendo o que foi treinado por anos para executar com destreza.
O Tecnólogo em Petróleo e Gás, Edmilson Aguiar, de Manaus, tem uma luta há anos pela regulamentação da profissão (isto mesmo, o governo criou, mas, não regulamentou!). Esta luta poderia ser mais frutífera se os tecnólogos de óleo e gas se juntassem a ele nesta cruzada. Para quem se interessar em conhecer suas atitudes o email é: edmilson_mtv@hotmail.com.
Para engenheiros recém-formados, aconselho a procura, além dos programas de Trainees, pelas pequenas e médias empresas produtoras, de projetos, de operação e outras atividades. Estas, somente, são alcançadas, não por blogs ou site, mas, por indicação/informação de terceiros.
Formação:
Como já disse, aqui mesmo, algum tempo atrás, os conteúdos dos ensinamentos das grades das faculdades não são suficientes para um treinamento especifico completo, onde, o aluno, sairia, ao final da graduação com conhecimento completo a ponto de executar assim que ingressassem em uma empresa, de, ao menos, uma disciplina profissionalizante!
O curso de gerenciamento da produção online (http://www.qgdopetroleo.com/2013/05/gerenciamento-da-producao-como-sera-o.html), que anunciei aqui, está progredindo muito bem com aulas sendo enviadas aos domingos a noite e conferencias, via Skype, aos domingos pela manha. Além do conteúdo do curso, a troca de experiências entre alunos de diversas partes do país será e esta sendo muito profícua. Aproveitamos estes nossos encontros dominicais para passar a experiência adquirida nestes anos, a realidade de nossa indústria, onde se esta contratando, juntamente com onde se irá contratar (vagas que não são anunciadas) e dicas de como aproveitar o curso para confecção de CV’s. Ainda é tempo para adesões.
Estes alunos, que assumiram, com eles mesmo, os compromissos de estudar, durante 3 meses, uma enorme carga de matérias especificas, muitas vezes (99%) não vista nas faculdades, e de passar manhãs de domingo em conferencias virtuais, evidentemente, serão diferenciados pela indústria pelos conhecimentos que estão adquirindo. E as aulas práticas que teremos serão definitivas para a assimilação do conteúdo e servirão para apresentar, principalmente a alunos do Sul e Sudeste, a atividade de petróleo em terra.
Universidades Particulares de Engenharia de Petróleo.
Estas, salvo raríssimas exceções, estão mais preocupadas em obter o máximo de alunos com vestibulares múltiplos durante o ano inteiro e garantir que estes alunos permaneçam, ao menos, até o 4º período onde, pela composição de custos delas é o ponto de equilíbrio do custo do curso até o final.
Aos alunos cabe cobrar melhores conteúdos, melhores professores, além de atividade extraclasse, tais como, visitas técnicas (nenhuma empresa se nega a receber alunos para visitas desde que sejam de instituições serias, compromissadas, realmente, com o aprendizado, e não, somente, para cumprir cronogramas), palestras e realização eventos pertinentes.
Currículos:
A meu ver, um dos maiores erros é a inclusão de cursos de 20 ou 40 horas de disciplinas que demandam no mínimo, 80 ou 100 horas para bem assimilar o conteúdo. Também, a inclusão de atividades que não tem a ver com petróleo.
Incluir no currículo, de um recém-formado, as atividades da graduação onde, realmente, se saíram bem.
A colocação de CV’s nos espaços para comentários do blog denuncia que este candidato é, totalmente, despreparado para, até, discernir onde esta o link para envio.
Abraços a Todos!
Luiz Henrique
luizhenrique_99@yahoo.com
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