segunda-feira, 8 de julho de 2013

Demanda por profissionais de gás e óleo fica ‘na promessa’, dizem especialistas

Maioria do pessoal contratado pelas empresas no Amazonas vêm de outros Estados. Manaus - No segundo maior produtor de gás natural do País, a demanda expressiva por profissionais da área petrolífera ficou, até agora, só ‘na promessa’. Passados 25 anos do início das operações na Província Petrolífera de Urucu, a avaliação dos especialistas é de que ainda há muito a ser pesquisado no Amazonas, onde há explorações que somam 81 poços de petróleo. Neste cenário, a maior parte dos profissionais que preenche o quadro de funcionários das empresas é de outros Estados. A falta de uma área de planejamento para o mercado é apontada como um dos motivos para o setor estar ‘estagnado’, considera o coordenador do curso de gestão e tecnologia de gás natural da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Ricardo Wilson Cruz. Para o especialista, o mercado de trabalho poderia abranger empresas de energia e se expandir com os serviços de projetos e execução de distribuição de gás natural em obras da construção civil. “Não se vê empreendimentos sendo dirigidos no sentido de receber o gás natural. A atividade está em ‘banho-maria’”, avaliou. O coordenador universitário explica que não há interação entre as instituições de ensino e o mercado, o que acaba, inclusive, influenciando diretamente no crescimento do setor.
A coordenadora do curso de Engenharia de Petróleo e Gás da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Virgínia Mansanares, acredita que “ainda vai demandar um tempo, pois toda a parte de exploração é assim, para que se observe um aumento (na demanda)”. Para a geóloga e vice-coordenadora de Petróleo e Gás da Ufam, Joemes de Lima, as instituições de ensino estão caminhando no mesmo ‘passo’ que as pesquisas do setor. “Da mesma forma que a indústria petrolífera está caminhando aqui, o curso também está. Estamos caminhando juntos”. O diretor de Pós-Graduação da Fundação Getulio Vargas/Faculdade Martha Falcão, Pierre Wagner, discorda da afirmação de que o mercado petrolífero no Amazonas esteja em baixa e explica que o Estado se tornou referência na prospecção de petróleo e gás no País. “Somos o maior produtor de gás em terra firme. Tanto na Petrobras quanto nas empresas privadas que operam no Estado, há a necessidade de profissionais desta área”, diz. Mercado de atuação Os profissionais da área de óleo e gás atuam nas empresas diretamente e indiretamente relacionadas com a prospecção. No dia a dia, os profissionais de nível técnico atuam entre outras atividades, como analistas de controle de qualidade, de logística e como operadores de distribuição. Já os profissionais graduados e com especialização atuam na implantação de tecnologias, na otimização de processos industriais, na prevenção de acidentes e risco ambiental. As faixas salariais variam de R$ 2 mil a R$ 5 mil para técnicos e de R$ 6 mil a R$ 20 mil para os graduados e com especialização na área. Os engenheiros de Petróleo e Gás são aptos a trabalhar nas três linhas da produção petrolífera: exploração, refino e distribuição. Em todo o Estado, são 13 empresas responsáveis por explorar e distribuir o gás, como a Petrobras, a HRT e a Cigás. A Petrobras tem 1.375 empregados no Amazonas e informou não ter dificuldades para contratar. Fonte: D24am.com

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