Por Maria Fernanda Romero
Fonte: Redação
Data: 06/06/2011 14:14
A petroleira brasileira HRT informou hoje, em Manaus, o projeto Barril Verde em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS). A cada barril produzido pela empresa na Bacia do Solimões (AM), a HRT doará R$ 1 para a conservação da floresta e a melhoria da qualidade de vida de seus moradores. Até 2015, a HRT estará produzindo 50 mil barris por dia na região e ainda pretende instalar um parque tecnológico em Manaus em 2013.
A parceria entre a HRT e a FAS está dividida em dois componentes. Primeiro, a HRT investirá R$ 4 milhões na RDS Uacari (município de Carauari), em dois aportes de 50% (2011 e 2012). Estes recursos serão investidos no Programa Bolsa Floresta e nos seus Programas de Apoio, voltados especialmente para a produção sustentável, educação e saúde das populações extrativistas da RDS do Uacari.Como parte do segundo componente dessa parceria, a HRT integralizará uma cota de R$ 20 milhões, em parcelas, até 2013. Os recursos desta contribuição da HRT serão investidos no Fundo Permanente da FAS. A importância possibilitará o crescimento do Programa Bolsa Floresta para próximo de 8 mil famílias.
"Todas as companhias de petróleo daqui para frente vão ter que se unir e mostrar que se tiram o petróleo de uma região tem que repôr com uma política de desenvolvimento sustentável", disse o presidente da HRT, Marcio Mello.
Serão perfurados pela empresa 9 poços na Bacia do Solimões até o final do ano. As sondas de perfuração estão sendo transportadas por helicópteros para os locais e depois o óleo será transportado por vias fluvias (em balsas) e pipelines. Até o momento, a HRT está utilizando 4 sondas e já adquiriu 3 equipamentos de Teste de Longa Duração (TLD). "Uma sonda já está perfurando e as outras três estão sendo transportadas. As quatro operarão juntas em mais ou menos 15 dias. Perfuraremos com 3 a 4 sondas cada poços. A expectativa é fazer TLD na maioria dos poços descobertos, já compramos 3 plantas de TLD da Halliburton e iremos comprar mais uma", explica o gerente do projeto Solimões da HRT, Eduardo Freitas.
"Começamos a produzir óleo em agosto deste ano e em 2012 começamos o desenvolvimentos dos poços", ressalta.
Sobre o gás da região, ele explica que a HRT fez uma parceria com uma empresa de consultoria para saber como monetizar o gás na região amazônica e ainda está avaliando a melhor utilização do gás amazônico.
"Um poço no pré-sal é muito mais caro do que um poço em terra, não dá para comparar os custos com as operações na Amazônia, mas em comparação com outras perfurações nossas em terra, operar na Amazônia é muito mais caro", acrescenta Freitas.
Freitas conta que o grande desafio de trabalhar na região amazônica é a logística, pois a Amazônia tem grande sazonalidade dos rios e períodos muito fortes de chuva que dificultam as operações. "O trabalho logístico na região é cirúrgico. Operar na Amazônia é como se estiver operando num offshore verde. A mesma dificuldade que temos em offshore, temos na Amazônia. Temos que operar tudo remotamente e com condições especiais, com controle por satélie e sistema de isolamento", afirma.
O presidente da HRT informou que a empresa pretende instalar um parque tecnológico em Manaus em 2013. "Vamos fazer o vale da tecnologia sustentável como o Vale do Silício. Vamos trazer para a região amazônica mais desenvolvimento sustentável e mais tecnologia. Quero a Petrobras junto neste projeto", pontua. Marcio informou ainda que até 2014 a HRT investirá cerca de US$3 bilhões na Amazônia.
Com relação ao bloco SOL-T-170, na Bacia do Solimões, Mello informou que já recebeu a linha flexível encomendada para escoar a produção do seu primeiro TLD, que será iniciado em agosto deste ano ainda.
Com apenas um ano de atuação no Amazonas, a HRT já promoveu 3.000 empregos diretos e indiretos. Segundo Mello, o sonho da empresa é produzir 1 milhão de barris por dia na Amazônia até 2020.
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