terça-feira, 23 de agosto de 2011

Petróleo, Gás Natural e Carvão

O Brasil atingiu a auto-suficiência na produção de petróleo em 2006. Entre janeiro e setembro desse ano, a Petrobras produziu 1,763 milhão de barris por dia, volume 5% superior ao do ano anterior. A meta de produção era de 1,88 milhão de barris/dia. Contudo, as vendas internas de combustíveis só cresceram 2%. O país exportava 450 mil barris/dia de petróleo.
Segundo a Agência Internacional de Energia, o consumo mundial de petróleo deveria crescer 1,1% em 2006. A produção de gás natural foi de 46,5 milhões metros cúbicos por dia (Mm³/d) em 2004, montante 7,5% superior ao de 2003. As importações da Bolívia somaram 22,2 Mm³/d, montantes 60% superior ao de 2003. Em 2004, o principal uso do gás natural continuou sendo no setor industrial, com 20,7 Mm³/d e crescimento substancial de 13,7%. O crescimento do uso na co-geração de energia elétrica foi também significativo, já representando um terço do uso na geração.
O gás natural contribuiu com 9,4% da matriz energética brasileira de 2005, contra 3,3% em 1995. Em 2003, o governo adotou uma política de incentivo ao consumo de gás natural, visando ocupar a capacidade do gasoduto Bolívia-Brasil e escoar o gás da Bacia de Campos. O energético era bastante atrativo por sua eficiência, menores emissões e preços atrativos. Contudo, em 2006 a Bolívia decidiu nacionalizar (isto é, estatizar) o setor de gás, revendo sua política de preços e causando instabilidades no mercado brasileiro.
O preço atual do gás natural corresponde a 56% do preço do óleo combustível, mas essa relação deve passar para 80% (um aumento de 42%), segundo a Empresa de Pesquisa Energética. (dados de 2006). A Petrobras busca uma saída na Bacia de Santos, onde deverá investir US$18 bilhões em dez anos.
O carvão mineral em uso no Brasil tem duas origens: o carvão vapor (energético), que é nacional e tem cerca 90% do seu uso na geração elétrica, e o carvão metalúrgico, importado para produzir o coque, especialmente usado na indústria siderúrgica. O carvão nacional é de baixa qualidade com impurezas de óxidos de enxofre que podem atingir até 7%. O carvão mineral manteve em 2004 a participação de 6,7% na matriz energética brasileira, sendo um quarto desse total de origem nacional.

Fonte: Professor Alexandre Guimarães

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