O desafio de produzir petróleo em plena floresta amazônica
A Petrobras vem atuando na floresta amazônica desde sua criação, há 51 anos. Sua trajetória vitoriosa resultou na descoberta de gás na província do Juruá em 1978, no município de Carauari, e de óleo e gás na província do Urucu em 1986, no município de Coari.
Foi nesse cenário, considerado um santuário ecológico, que a companhia construiu a “Base de Operações Geólogo Pedro de Moura- BOGPM”, batizada com esse nome em homenagem a um dos pioneiros na busca de petróleo na Amazônia, onde desenvolve atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural, com avançada tecnologia em conformidade com padrões internacionais de gestão, propiciando produtos de qualidade, a preservação ambiental, a segurança e a saúde da força de trabalho e o bem-estar das comunidades.
Localizada a 650 quilômetros de Manaus, a BOGPM é parte integrante da “Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bacia do Solimões- UN-BSOL”. Engloba mais de 60 poços produtores, distribuídos em 03 campos, denominados de Rio Urucu(SUC), leste do urucu(LUC) e Sudoeste do Urucu(SUC). A produção média de petróleo em Urucu é de 55 mil barris por dia, enquanto a de gás natural é de 10 milhões de metro cúbicos por dia. Esses volumes fazem do Amazonas o terceiro maior produtor nacional e do município de Coari o maior produtor terrestre. O petróleo de Urucu é alta qualidade, sendo o mais leve dentre os óleos produzidos no Brasil. Essas características resultam em seu aproveitamento especialmente para a produção de combustíveis mais nobres, tais como a gasolina, o gás liquefeito de petróleo-GLP(gás de cozinha), a nafta petroquímica e o óleo diesel.
Em Urucu, 740 Km de dutos(600 terrestres e 140 submersos) que ligam os poços até o Pólo Arara, onde é efetuado o processamento do petróleo – para colocá-lo dentro das especificações requeridas pelos clientes – e do gás natural – para a produção de GLP(gás de cozinha). Acompanhados de um rigoroso controle de qualidade, o petróleo e o GLP seguem por dutos por 285 km até o terminal Solimões, próximo da cidade de Coari, de onde são embarcados em navios petroleiros (para óleo) e butaneiros ou propaneiros( para gás). O óleo é processado principalmente na refinaria Isaac Sabbá, a maior cliente da Província de Urucu, instalada em Manaus. O GLP abastece os estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá, Pará, Maranhão, Tocantins, Piauí e parte do Ceará.
A BOGPM contempla ainda uma infra-estrutura formada por aeroporto, portos, estradas, alojamentos, refeitórios, escolas, áreas de lazer e esporte e telecomunicações, fornecendo qualidade de vida adequada para seus quase dois mil trabalhadores. Urucu é auto-suficiente em energia, utilizando como principal fonte de energética o gás natural, um combustível que não deixa resíduos e não se acumula no ambiente. O gás natural é retirado juntamente com o petróleo dos poços, sendo usado para abastecer as usinas termelétricas locais que movimentam a área industrial do Pólo Arara, os alojamentos e iluminação das vias. Os carros utilizados em Urucu são abastecidos com gás natural veicular e diesel produzido no próprio local, num prelúdio do que poderá acontecer em toda a Amazônia, quando essa fonte de energia barata e limpa chegar aos centros consumidores.
O controle dos riscos inerentes às atividades desempenhadas é garantido pelo conhecimento dos mesmos por meio de análises técnicas periódicas, que contemplam todos os processos, sejam administrativos, sejam operacionais. Ações mitigadoras são então elaboradas e implementadas para manter os riscos sob controle.
Para maior garantia de segurança e controle das operações, dentre outras medidas preventivas, os dutos são protegidos contra corrosão e as instalações são automatizadas e monitoradas continuamente. Dessa forma, as condições de vazão, pressão e temperatura são controladas automaticamente e mantidas dentro de parâmetros ideais. Mas os operadores também podem intervir, atuando à distância com rapidez e segurança. Há planos de contingência para promover respostas rápidas e eficazes no tratamento de emergência.
Um dos principais compromissos ambientais da companhia é a regeneração das áreas de atuação. Para tanto são mantidos convênios com universidades e entidades de pesquisa para o desenvolvimento de métodos de regeneração induzida e/ou de instalação e incremento de regeneração natural. Um viveiro, com aproximadamente 86 mil mudas de 60 espécies nativas da região, abastece os projetos regeneração. É composto pela coleta e tratamento de sementes obtidas em sítios previamente delimitados, conforme programação definida de forma a não exauri-los.
Também é mantido um orquidário que constitui um banco de espécies vivas, as quais são descritas e catalogadas, gerando um importante acervo de informações para pesquisa e estudos. Atualmente, é composto por mais de mil mudas de 80 espécies, algumas das quais descobertas e encontradas somente em Urucu.
Com esforço, dedicação e responsabilidade, a Petrobras mostra que é possível realizar sonhos e superar desafios, como o de produzir petróleo e gás em plena Floresta Amazônica, atuando de forma ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável.
Fonte: Portal Isto é Amazonia - Visita em 01/03/2011 às 23:54h
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